Viver 150 anos vai ser normal

O IBGE mostra que, nos últimos 11 anos, a expectativa de vida subiu para 73 anos de idade. O que mostra uma série de avanços sociais, especialmente nos últimos 20 anos.

Mas, a julgar pelas pesquisas que tenho visto aqui em Harvard, é pouco. Muito pouco.

Uma série de pesquisadores estão estimando que uma criança nascida hoje numa família de classe média, com acesso a medicina de qualidade, viverá sem problemas até os 150 anos de idade. Não para de crescer o número de centenários, alguns deles com vida ativa.

Existem até apostas, que parecem ficção, de que se poderia viver até mil anos, graças a descobertas genéticas e novos medicamentos.

Essas apostas são estimuladas por cientistas que têm conseguido rejuvenescer ratos, mexendo em suas células. Isso é o que é feito aqui no laboratório de biologia restaurativa.

A discussão chega a tal ponto de complexidade que se debate (e muita gente não acha maluquice) que, teoricamente, não se poderia descartar a ideia da imortalidade já que, cada parte do corpo afetada poderia ser trocada.

Por trás de todo esse debate, uma certeza: poucos ramos profissionais são tão prósperos como a mistura de medicina com a engenharia.
Fonte: Folha Online - 01/12/2011