Saiba como fugir das armadilhas ao financiar a compra de um veículo
por Mayco Geretti
Lojas simulam parcelas que depois recebem acréscimo de taxas extras.
Financie no menor número de parcelas, sem estourar orçamento mensal. As vendas de veículos estão aquecidas e as condições facilitadas de pagamento tornam o sonho do primeiro veículo, ou mesmo da troca por um modelo mais novo, uma realidade. Mas os financiamentos podem esconder armadilhas para o consumidor que não fica atento aos detalhes de contrato.
Para fazer um bom negócio, o primeiro passo é escolher a melhor modalidade de financiamento para o seu perfil: o crédito direto ao consumidor (CDC) ou o leasing. O primeiro tem taxas de juros mais altas, porém oferece desconto para parcelas pagas antecipadamente. Quanto mais antecipado, maior o desconto. A modalidade é ideal para pessoas que conseguem juntar dinheiro e pretendem usar, por exemplo, o 13º salário para quitar parcelas. "Vale a pena pagar a parcela do mês e a última do carnê sempre que possível", afirma o economista Vanderlei Mendes.
Já o leasing possui taxas menores, porém não há desconto para antecipação de parcelas. "É ideal para quem já compromete boa parte de sua renda com um veículo e pretende juntar seu dinheirinho mês a mês para pagar pelo automóvel até a última parcela, sempre uma de cada vez", explica o economista.
Outra coisa que deve ser observada é a a taxa de juros. Ela deve estar explícita no cartaz com as características do veículo em exibição e no contrato. "Durante a simulação muitos vendedores simplesmente dividem o valor total do veículo em 36 ou 48 vezes e aplicam a taxa de juros, omitindo taxas de abertura de crédito e o Imposto sobre Operações de Crédito, câmbio e Seguros (IOF). É por isso que muitas pessoas tomam um susto quando recebem o talão em casa e perceberm que as parcelas são mais altas que o combinado na loja". Outra "pegadinha", segundo ele, são as vendas com IPVA ou seguro grátis, valores estes que, na verdade, acabam sendo pulverizados nas parcelas ao longo do financiamento.
Já a economista Priscila Fonseca afirma que o ideal é reduzir o o número de parcelas, desde que o valor não fique alto e estoure o orçamento familiar. Como exemplo ela cita o caso de um carro popular de R$ 23 mil, financiado em 24 e 60 meses. "Na primeira situação, ao final do financiamento o consumidor terá pago cerca de R$ 30 mil. Já no parcelamento de cinco anos serão quase R$ 40 mil. O problema é que o consumidor terá de pagar quase dois carros e após esse período a depreciação será de cerca de 40%. O carro torna-se uma máquina de perder dinheiro", afirma.
A economista salienta ainda, a questão da manutenção: "Após os primeiros dois anos começam a aparecer os defeitos e as manutenções preventivas ficam mais caras. Esse gasto extra, somado às parcelas, pode atrapalhar bastante a vida financeira do comprador."
Fonte: G1 notícias - 22/01/2012
Financie no menor número de parcelas, sem estourar orçamento mensal. As vendas de veículos estão aquecidas e as condições facilitadas de pagamento tornam o sonho do primeiro veículo, ou mesmo da troca por um modelo mais novo, uma realidade. Mas os financiamentos podem esconder armadilhas para o consumidor que não fica atento aos detalhes de contrato.
Para fazer um bom negócio, o primeiro passo é escolher a melhor modalidade de financiamento para o seu perfil: o crédito direto ao consumidor (CDC) ou o leasing. O primeiro tem taxas de juros mais altas, porém oferece desconto para parcelas pagas antecipadamente. Quanto mais antecipado, maior o desconto. A modalidade é ideal para pessoas que conseguem juntar dinheiro e pretendem usar, por exemplo, o 13º salário para quitar parcelas. "Vale a pena pagar a parcela do mês e a última do carnê sempre que possível", afirma o economista Vanderlei Mendes.
Já o leasing possui taxas menores, porém não há desconto para antecipação de parcelas. "É ideal para quem já compromete boa parte de sua renda com um veículo e pretende juntar seu dinheirinho mês a mês para pagar pelo automóvel até a última parcela, sempre uma de cada vez", explica o economista.
Outra coisa que deve ser observada é a a taxa de juros. Ela deve estar explícita no cartaz com as características do veículo em exibição e no contrato. "Durante a simulação muitos vendedores simplesmente dividem o valor total do veículo em 36 ou 48 vezes e aplicam a taxa de juros, omitindo taxas de abertura de crédito e o Imposto sobre Operações de Crédito, câmbio e Seguros (IOF). É por isso que muitas pessoas tomam um susto quando recebem o talão em casa e perceberm que as parcelas são mais altas que o combinado na loja". Outra "pegadinha", segundo ele, são as vendas com IPVA ou seguro grátis, valores estes que, na verdade, acabam sendo pulverizados nas parcelas ao longo do financiamento.
Já a economista Priscila Fonseca afirma que o ideal é reduzir o o número de parcelas, desde que o valor não fique alto e estoure o orçamento familiar. Como exemplo ela cita o caso de um carro popular de R$ 23 mil, financiado em 24 e 60 meses. "Na primeira situação, ao final do financiamento o consumidor terá pago cerca de R$ 30 mil. Já no parcelamento de cinco anos serão quase R$ 40 mil. O problema é que o consumidor terá de pagar quase dois carros e após esse período a depreciação será de cerca de 40%. O carro torna-se uma máquina de perder dinheiro", afirma.
A economista salienta ainda, a questão da manutenção: "Após os primeiros dois anos começam a aparecer os defeitos e as manutenções preventivas ficam mais caras. Esse gasto extra, somado às parcelas, pode atrapalhar bastante a vida financeira do comprador."
Fonte: G1 notícias - 22/01/2012
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