A dona de casa W.N.R.C., 48 anos, foi surpreendida com uma correspondência encontrada em sua caixa de correio na tarde desta quinta-feira, 5. Era um comunicado do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) informando que o nome dela seria negativado por conta de um débito de pouco mais de R$ 1,2 mil. Como não estava especificado sobre do que se tratava procurou o órgão para ter um extrato.
No órgão de proteção descobriu que o nome dela estava prestes a ser negativado por um débito do cartão Comp Card, que é emitido pela Rede de Supermercados Comper e que tem bandeira bancária Bradesco. Sem nunca ter feito este tipo de cartão fidelidade, W. procurou uma das lojas para obter um extrato.
O comunicado com data de 27 de junho dizia que em dez dias o nome da dona de casa seria oficialmente negativado, mas a carta só chegou em 5 de julho.
Alegando ter perdido a fatura, W. dirigiu-se a um Comper e lá, por meio da segunda via de fatura, descobriu que havia sido feito em seu nome um cartão fidelidade na loja da rede localizada na avenida Mascarenhas de Moraes.
Em duas compras, a pessoa que se passou pela dona de casa gastou pouco mais de R$ 1,2 mil. Agora ela luta para que a empresa supermercadista tome alguma providência para que o cartão seja cancelado e que ela não arque com a dívida. Além disso, o objetivo maior é ter seu nome retirado da lista dos negativados no SPC.
Depois que registrou boletim de ocorrência, a dona de casa procurou a loja Comper que constava como aquela onde foi feito seu cartão. “Fui atendida por uma funcionária muito atenciosa que pegou todos meus dados e prometeu verificar o que aconteceu e o que pode ser feito para que eu não seja prejudicada”, espera.
O delegado Valmir Moura Fé, da 6ª DP, que atendeu o caso de estelionato contra a dona de casa, questiona as empresas sobre que tipo de segurança oferecem aos seus clientes na hora que exigem documentos pessoais para abertura de crédito.
| Eliane Souza |
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Moura Fé revelou à reportagem que no mesmo dia que atendeu a dona de casa, outra vítima de estelionato por conta de gasto em cartão também procurou a delegacia. Neste caso era para registrar boletim de ocorrência sobre um gasto em um estado do Nordeste. “A pessoa disse que nunca viajou pra lá e foi surpreendida quando veio a fatura do cartão dela”, diz o delegado.
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