sábado, 18 de junho de 2011

Educador financeiro sugere cautela com compras parceladas

Juros de abril foram os maiores registrados desde 2010. Com isso, a inadimplência ficou 8,2% maior em maio, de acordo com a Serasa. Muita gente está no vermelho. O número de endividados no Brasil é preocupante. “Eu costumo falar assim: joga as dívidas para cima e a que cair a gente paga. O resto se vira”, brinca uma mulher.

“Quando chega ao final do mês você está sem dinheiro e tem de começar a pagar tudo de novo, com os juros do mês passado, que você deixou passar”, lembra outra mulher.

É mesmo uma cilada. O cheque especial pode até ajudar a esticar o dinheiro até o fim do mês, mas a conta vai ser cobrada no mês seguinte, com juros que são os maiores dos últimos 12 meses, segundo o Banco Central. “Quem não deve hoje? Me responda”, questiona um homem.

Pense muito antes de recorrer ao crédito pessoal. Os juros de abril foram os maiores registrados nos últimos 12 meses. Resultado de taxas tão altas: a inadimplência ficou 8,2% maior em maio, de acordo com a Serasa. Crescimento puxado, principalmente, pela dívida com bancos. A aposentada Júnia Maria dos Santos não vê a hora de ter o nome limpo de novo. “Ele pode ser feio, mas tem que ser limpinho”, brinca.

O conselho dos especialistas em controle de orçamento é: “Passe longe das dívidas a longo prazo”. Se a troca da geladeira ou a compra do carro novo, por exemplo, dependem de parcelamento, o melhor é esperar. Quem sabe, enquanto isso, não começa a praticar a velha dica de juntar dinheiro para pagar à vista?

“Na hora de a pessoa gastar ela deve sempre se perguntar: ‘Isso é necessidade ou é desejo?’. Se for desejo, faça a segunda e mais importante pergunta: ‘Tenho ou não tenho dinheiro?’, pois as pessoas falam muito: ‘Eu trabalho, eu mereço, dou duro’. Você merece, desde que caiba no orçamento e possa pagar sem problemas”, indica o educador financeiro Erasmo Vieira.
Fonte: G1 - 16/06/2011

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