segunda-feira, 30 de maio de 2011

Consumidor dá importância aos prazos e esquece juros

 

O consumidor considera que a redução do prazo de financiamento tem impacto maior sobre suas compras do que a alta dos juros. Pesquisa do Provar (Programa de Administração  do Varejo) mostrou que quando o índice de prazo médio aumenta em 1 ponto percentual, o indicador de vendas no varejo sobe 0,61 ponto. Já quando os juros sobem 1 ponto percentual, o índice de vendas recua 0,26 ponto.

O estudo constatou também que o aumento no prazo dos empréstimos representa aumento nas vendas duas vezes maior do que a queda de juros. Para o presidente do Provar, Cláudio Felisoni, a importância maior aos prazos deve-se, entre outros fatores, às informações que são passadas ao consumidor. A taxa de juros, na maioria das vezes, está embutida e por isso o comprador não consegue enxergá-la, enquanto os prazos são explicitados.

Segundo Felisoni, muitas lojas anunciam "juros zero" embora essas taxas sejam cobradas do consumidor, o que aumenta a sensibilidade e a atenção em relação aos prazos, em detrimento dos juros.
Fonte: Diário do Grande ABC - 27/05/2011

domingo, 29 de maio de 2011

Justiça garante ao consumidor devolução de veículo financiado

 

Tornando-se inadimplente, o comprador queria devolver o automóvel e livrar-se do crescimento da dívida.

Especializada em atender as necessidades do consumidor frente a abusos de credores e fornecedores de qualquer espécie, a Associação Brasileira do Consumidor (ONG ABC) acaba de obter nova vitória – desta vez em favor do sr. Juliano Mateus Pozati.

Depois de adquirir um veículo através de arrendamento mercantil (leasing), o consumidor, vendo-se inadimplente, procurou o banco (Santander) para devolver-lhe o bem e assim – conforme reza a Lei – cessar a dívida.

Marcelo Segredo – presidente da Associação Brasileira do Consumidor  explica: "Na compra pelo Leasing, o consumidor tem o direito de optar pela devolução do bem, estando inadimplente ou não, cessando as prestações futuras e podendo ainda pedir de volta todos os valores pagos a título de "VRG" – Valor Residual Garantido – que nada mais é do que a opção de compra" explica Marcelo Segredo, presidente da Associação.

Segundo o especialista, os bancos tentam reter os valores até então pagos, a título de pagamento pelo "aluguel do período utilizado" e o recebimento do Valor Residual só se consegue através de ação judicial.

O banco negou-se a receber o veículo de volta e, naturalmente, a restituir ao consumidor o Valor Residual e a cessar o contrato.

Após uma intensa batalha judicial, a Associação conseguiu parecer favorável ao consumidor, obrigando o banco a receber o veículo de volta dentro de 5 dias após a sentença e a pagar custas as judiciais. Não acatando a Justiça, o Banco fica sujeito a multa diária de R$500,00.

Os Tipos de Financiamento de Veículos Existentes


Não conhecendo as modalidades de financiamento existentes, o consumidor também não sabe quais os direitos e deveres implicados por cada uma.Marcelo Segredo explica quais são:

- Leasing (Arrendamento Mercantil) : havendo inadimplência, é possível devolver-se o automóvel, com direito a receber de volta os valores pagos a título de Valor Residual Garantido (somente através de ação judicial). Os bancos tentam reter os valores até então pagos a título de pagamento pelo aluguel do período utilizado, o que pode ser contestado judicialmente.

- Alienação Fiduciária: dá ao financiador o próprio automóvel como garantia da dívida. Assim, mediante inadimplência, o banco toma o veículo do consumidor, leiloa por cerca de 50% a 70% de seu valor de mercado e depois cobra a diferença do comprador, que fica sem o automóvel e ainda continua devendo ao banco.

Maior Parte das Buscas e Apreensões São Irregulares

Segredo alerta que a maioria dos consumidores que perdem seus veículos em buscas e apreensões, os perdem de forma irregular e sem saber de seus direitos."Em muitos casos, os encargos de parcelas atrasadas são cobrados a maior, de forma ilegal e extremamente abusiva, impossibilitando assim o pagamento da dívida.Diante disso, que real direito tem o banco de ainda querer tomar o veículo do comprador?" – compara.

A outra irregularidade observada pelo especialista está no fato de que o consumidor não é devidamente notificado da mora (via AR ou cartório)."Como praticamente ninguém é notificado da forma correta, conclui-se que a maioria das buscas e apreensões são ilegais" – informa Marcelo Segredo.

Segredo aponta outros truques mal intencionados: "Já soubemos de casos e que o consumidor contata o banco para renegociar a sua dívida e recebe como resposta o agendamento da visita de um representante do financiador, para a negociação. Porém, na data e hora marcada, o consumidor é surpreendido com a visita de um Oficial de Justiça acompanhado de um policial, que vem tomar-lhe o veículo".

Como Proteger-se dos Abusos do Bancos e Financeiras

Estando inadimplente, o consumidor tem de entrar com uma ação revisional, munido de laudo pericial expurgando os juros ilegais cobrados.Nessa ação é oferecido ao juiz o depósito judicial das prestações calculadas pela perícia (menores que o valor do banco).

Para Marcelo segredo, é fundamental que o consumidor entre com a ação antes que o banco entre com busca e apreensão ou a reintegração de posse: "Assim procedendo, o consumidor mostra a sua boa fé.Na ação, solicitando a conexão processual, a retomada do bem por parte do banco se torna extremamente difícil" - conta.

O Consumidor Faz a Diferença

O sr. Juliano Mateus Pozati, como consumidor, fez tudo de maneira correta e, por isso, ganhou a causa: procurou o banco para devolver o veículo e, não sendo atendido, recorreu à Associação.Quando solicitado, ele tinha toda a documentação do financiamento em ordem e agiu o tempo todo conforme as orientações dos especialistas.Como prêmio, ganhou a ação, livrou-se da dívida e recuperou a sua paz financeira.
Fonte: Ausepress - 19/10/2010

Justiça garante ao consumidor devolução de veículo financiado

 

Tornando-se inadimplente, o comprador queria devolver o automóvel e livrar-se do crescimento da dívida.

Especializada em atender as necessidades do consumidor frente a abusos de credores e fornecedores de qualquer espécie, a Associação Brasileira do Consumidor (ONG ABC) acaba de obter nova vitória – desta vez em favor do sr. Juliano Mateus Pozati.

Depois de adquirir um veículo através de arrendamento mercantil (leasing), o consumidor, vendo-se inadimplente, procurou o banco (Santander) para devolver-lhe o bem e assim – conforme reza a Lei – cessar a dívida.

Marcelo Segredo – presidente da Associação Brasileira do Consumidor  explica: "Na compra pelo Leasing, o consumidor tem o direito de optar pela devolução do bem, estando inadimplente ou não, cessando as prestações futuras e podendo ainda pedir de volta todos os valores pagos a título de "VRG" – Valor Residual Garantido – que nada mais é do que a opção de compra" explica Marcelo Segredo, presidente da Associação.

Segundo o especialista, os bancos tentam reter os valores até então pagos, a título de pagamento pelo "aluguel do período utilizado" e o recebimento do Valor Residual só se consegue através de ação judicial.

O banco negou-se a receber o veículo de volta e, naturalmente, a restituir ao consumidor o Valor Residual e a cessar o contrato.

Após uma intensa batalha judicial, a Associação conseguiu parecer favorável ao consumidor, obrigando o banco a receber o veículo de volta dentro de 5 dias após a sentença e a pagar custas as judiciais. Não acatando a Justiça, o Banco fica sujeito a multa diária de R$500,00.

Os Tipos de Financiamento de Veículos Existentes


Não conhecendo as modalidades de financiamento existentes, o consumidor também não sabe quais os direitos e deveres implicados por cada uma.Marcelo Segredo explica quais são:

- Leasing (Arrendamento Mercantil) : havendo inadimplência, é possível devolver-se o automóvel, com direito a receber de volta os valores pagos a título de Valor Residual Garantido (somente através de ação judicial). Os bancos tentam reter os valores até então pagos a título de pagamento pelo aluguel do período utilizado, o que pode ser contestado judicialmente.

- Alienação Fiduciária: dá ao financiador o próprio automóvel como garantia da dívida. Assim, mediante inadimplência, o banco toma o veículo do consumidor, leiloa por cerca de 50% a 70% de seu valor de mercado e depois cobra a diferença do comprador, que fica sem o automóvel e ainda continua devendo ao banco.

Maior Parte das Buscas e Apreensões São Irregulares

Segredo alerta que a maioria dos consumidores que perdem seus veículos em buscas e apreensões, os perdem de forma irregular e sem saber de seus direitos."Em muitos casos, os encargos de parcelas atrasadas são cobrados a maior, de forma ilegal e extremamente abusiva, impossibilitando assim o pagamento da dívida.Diante disso, que real direito tem o banco de ainda querer tomar o veículo do comprador?" – compara.

A outra irregularidade observada pelo especialista está no fato de que o consumidor não é devidamente notificado da mora (via AR ou cartório)."Como praticamente ninguém é notificado da forma correta, conclui-se que a maioria das buscas e apreensões são ilegais" – informa Marcelo Segredo.

Segredo aponta outros truques mal intencionados: "Já soubemos de casos e que o consumidor contata o banco para renegociar a sua dívida e recebe como resposta o agendamento da visita de um representante do financiador, para a negociação. Porém, na data e hora marcada, o consumidor é surpreendido com a visita de um Oficial de Justiça acompanhado de um policial, que vem tomar-lhe o veículo".

Como Proteger-se dos Abusos do Bancos e Financeiras

Estando inadimplente, o consumidor tem de entrar com uma ação revisional, munido de laudo pericial expurgando os juros ilegais cobrados.Nessa ação é oferecido ao juiz o depósito judicial das prestações calculadas pela perícia (menores que o valor do banco).

Para Marcelo segredo, é fundamental que o consumidor entre com a ação antes que o banco entre com busca e apreensão ou a reintegração de posse: "Assim procedendo, o consumidor mostra a sua boa fé.Na ação, solicitando a conexão processual, a retomada do bem por parte do banco se torna extremamente difícil" - conta.

O Consumidor Faz a Diferença

O sr. Juliano Mateus Pozati, como consumidor, fez tudo de maneira correta e, por isso, ganhou a causa: procurou o banco para devolver o veículo e, não sendo atendido, recorreu à Associação.Quando solicitado, ele tinha toda a documentação do financiamento em ordem e agiu o tempo todo conforme as orientações dos especialistas.Como prêmio, ganhou a ação, livrou-se da dívida e recuperou a sua paz financeira.
Fonte: Ausepress - 19/10/2010

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Como saber se o seu filho é um pequeno consumista?

 

por Camila F. de Mendonça

Educadores explicam que existem sinais que mostram que as crianças podem se tornar futuros adultos consumistas. E o melhor: eles dizem como fazer para evitar

Não é novidade que o comportamento dos pais, em certa medida, influencia o comportamento dos filhos. E, quando se trata de consumo, a influência pode ser ainda maior. E os danos também. Pais consumistas têm grandes chances de terem filhos que, quando adultos, se tornem consumistas também. Contudo, mesmo quando a família tenta manter o controle no orçamento, os filhos podem ir no sentido contrário desse exemplo.

Os motivos para esse comportamento são muitos e variam desde exemplos de fora do núcleo familiar, como os de amigos e parentes da família, até a influência das propagandas e amiguinhos que têm aquele tênis novo, aquele jogo incrível e aquela boneca que fala. E como saber se o seu filho é um pequeno consumidor afoito por consumo?

O especialista em educação financeira e autor de livros sobre finanças para crianças, Álvaro Modernell, explica que existem sinais que ajudam os pais a identificarem um comportamento fora do normal com relação ao consumo das crianças. “O primeiro sinal é o inconformismo a tudo o que ela tem”, diz. A constante insatisfação com os brinquedos e roupas que tem faz com que a criança peça mais. E esse é mais um sinal de um futuro comportamento consumista.

O especialista ainda ressalta que, quando a criança está muito atenta a marcas, os pais precisam redobrar a atenção. “Veja quanto tempo dura a mesada”, aconselha. Se ela acaba muito rápido, é preciso que os pais façam um diagnóstico dos gastos da criança, como explica o educador, terapeuta financeiro e presidente do Instituto DSOP de Educação Financeira, Reinaldo Domingos. “É importante que os pais façam um registro de todo o dinheiro que dão aos filhos por um mês, antes de instituir a mesada”, diz.

A partir dessa conta, eles verificam se os gastos estão saindo do controle. E o normal nesse caso, explica Domingos, é o que está de acordo com a renda dos pais. “A partir disso, é hora de instituir a mesada, que deve ser 50% do valor observado pelos pais durante esse mês”, aconselha Domingos.

Evitando o excesso
Modernell ressalta que não existe problema em consumir. “A questão sempre é o excesso e a frequência desse consumo”, diz o educador. E, para evitar que o pequeno se torne um adulto consumista, ao verificar os sinais que pode levá-lo a isso, os pais precisam agir. “A começar por dizer não”, afirma.

Atentar aos exemplos é primordial. Modernell explica que os pais precisam ter a certeza de que o comportamento negativo deles não está sendo copiado. Domingos reforça que, para que os pais tenham controle dos gastos e do comportamento de consumo dos filhos, eles precisam ter o controle do próprio orçamento.

“Cada família tem o seu padrão de vida. E somente ela pode saber o que pode e o que não pode ser dado para a criança”, diz. Ainda assim, Domingos acredita que as famílias que querem passar bons exemplos devem fazer um planejamento de suas contas para, depois, fazer o planejamento das contas da criança.

A partir desse momento, os pais devem incentivar os gastos com objetivos. “Perguntar para a criança quais são os sonhos dela, seja um jogo novo ou uma viagem para a Disney, e fazê-la entender que certos sonhos têm um preço ajuda ela a entender o valor que o dinheiro tem”, afirma.

Atrelar o sonho à mesada da criança também ajuda. “Se os pais a fizerem entender que, ao guardar 20% ou 30% da mesada, ela pode conquistar esse sonho, a criança cria autonomia e controle sobre o próprio dinheiro que ganha”, aconselha. “Ela precisa entender que o sonho é mais importante que o consumo”.
Fonte: InfoMoney - 26/05/2011

Maioria dos consumidores está gastando além do que ganha

 

por Camila de Mendonça

Estudo mostra que, entre a baixa renda, 55% dos consumidores gastam além do orçamento, gerando um saldo negativo de 6%

Apesar da alta de preços, os consumidores não deixaram de comprar e estão gastando além do que ganham. Estudo da Kantar Worldpanel mostra que a maioria dos brasileiros de todos os estratos de renda, principalmente os das classes D e E, gastou mais neste trimestre do que ganhou.

Considerando as classes D e E, 55% dos consumidores gastam além da renda. Esses gastos ultrapassam 6% da renda que ganham no final do mês. Entre os que pertencem à classe C, 52% ultrapassam em 2% sua renda. Já nas classes A e B, 52% estão gastando além do que ganham, mas, na média, o saldo no final do mês consegue ficar positivo em 2%.

No geral, para a diretora Comercial da Kantar, Christine Pereira, esse cenário aponta para um maior endividamento da população, principalmente a de baixa renda. “No caso das classes mais baixas, o que vemos é um maior consumo de alimentos e serviços”, afirma.

Ela reforça que o momento é de atenção, uma vez que o aumento de consumo para além da renda em um cenário de inflação pode diminuir a capacidade de pagamento dos consumidores de baixa renda e elevar os níveis de inadimplência.

Impulso

Um dos fatores que explicam o aumento do consumo para além da renda é a compra por impulso. A pesquisa mostra que 25% dos consumidores afirmam que compram por impulso. Em 2008, esse número era de 20%.

Enquanto aumenta o número de impulsivos, cai o número daqueles consumidores que fazem pesquisa de preço, de 20% para 19% entre 2008 e 2011.

Para Christine, esse aumento da compra por impulso é parte do comportamento dos brasileiros. “Essa compra por impulso é uma tendência desde a estabilidade econômica”, afirma. “O consumidor está ávido por consumir e experimentar novos produtos”, diz.

Hoje, explica a especialista, o aumento da renda estimulou os consumidores a serem mais “experimentadores” e, agora, eles passam a comprar produtos novos somente pelos benefícios que eles trazem. “Ele está preocupado mais com isso”.
Fonte: InfoMoney - 26/05/2011